sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Relembrando

Organizando a agenda par ao ano começar acelerado, dei uma pausa para lembrar daquilo que penso ser o início de toda a mudança e da própria AMAVI. Segue o link para o vídeo de nossa primeira ação em Brasília.

https://www.youtube.com/watch?v=1jsEljT6oHA

Saudades de muitas pessoas que passaram e, ao mesmo tempo, presente com o sentimento de gratidão pela ajuda de tantas pessoas e, neste caso, a querida Daniela Pascoal que fez esse vídeo e sempre foi muito atenciosa com todos nós.

Grande e fraterno abraço para toda a gente!

Notas Diversas

Reformas dos anos 90 e as novas abordagens de intervenção social (Pedro Hespanha)

- Sociedades de risco: maior modernização e maior insegurança.
- As oportunidades da globalização, dependem: recursos disponíveis e recursos repartidos de maneira desigual.
- Crise do sistema de emprego: Globalização, reestruturação industrial, envelhecimento demográfico e maiores encargos para proteção social.
- diminuição do emprego industrial + aumento do emprego flexível = maior desemprego de longa duração e maiores empregos precários.
- Estabilidade econômica por redução de custos salariais: liberalização dos mercados de trabalho, redução dos direitos laborais e desvinculação dos salários a ganhos de produtividade > geram maiores desigualdades sociais.
- É necessária a mudança de políticas indenizatórias para políticas de inserção.
- Políticas sociais de inserção: corte na ideia do Estado Paternalista; responsabilização do ator pelo seu próprio futuro alinhado com a obrigação do Estado fornecer os meios de segurança e bem-estar para toda a sociedade (Cidadão ator é diferente de Cidadão assistido); Políticas de construção.
- Combate a passividade e ao fatalismo.

The role of criticismo in the dynamics of capitalismo (Boltanski e Chiapello)
- Referências sobre o capitalismo:
            1960 até fins 1970: puro marxismo
            1970 a 1985: declínio
            1985 a 1995: ignorado
- Teoria da mudança: refuta o fatalismo material (além do que as pessoas fazem, quais as razões?); não teológico (modelo dialético baseado na conflitualidade – capitalismo x crítica do capitalismo); incompleto (o capitalismo desenvolve-se de acordo com as suas críticas).
- Capitalismo: Menor esforço (por meios pacíficos alcança a maior acumulação); cresce pela circulação e perpetuação; competição (transação entre compradores e vendedores); assalariado (venda de mão-de-obra é diferente do produto).
- Espírito do capitalismo (ideologia que justifica e torna o capitalismo atrativo): 1. Constrangimento ao processo de acumulação; 2. Cria normativas para a ordem social.
- Críticas: Social: um mundo de estímulo ao individualismo em detrimento a solidariedade; movimento dos trabalhadores. Artística (outras formas de capitalismo): liberação e autonomia, singularidade e autenticidade individual.
- Justificação para a reinvenção do capitalismo: Econômicos – não existe progresso sem tecnologia e economia; eficiência e eficácia do mercado; defesa das liberdades individuais -, Modelos que podem ser seguidos – estimulação = liberação; segurança própria e dos filhos; equidade (justiça e bem comum).
- Motivos para alteração do capitalismo em 1930: reação a crise econômica, criticismo social para formulação do Estado Providência;
- Alteração do K em 1970: recuperação da economia (criticismo artístico), individualização e crise da governabilidade.
-“O capitalismo adota os sistemas de valores do inimigo para poder sobreviver.”
- Crise de 1930:
            Corporativismo pós-guerra (organização tradicional) x Tecnocracia (organização científica)
            Doutrina corporativa (interesse coletivo > mercado)
            Oposição ao mercado e ao marxismo por destruírem a solidariedade
            Restaurar a ordem social e a harmonia com as organizações de negócio.

Da Ágora ao Mercado (Zygmund Baumann)

- Ágora: espalho público e de representação; propósito de coordenação entre o público e o privado; justamente a variação que existe entre a coordenação dos interesses públicos e privados que se percebe a democracia. (há várias democracias!)

- Democracia representativa = discussão deslocada para legitimação da opressão.

- Condições para credenciais democráticas: poder discordar, alcançar a audiência pretendida e abandonar o local.

- A exploração do mercado precisa da ação do Estado.

- Estado social = arranjo contra a privatização (exército de reserva). Princípio da comunidade endossada é um seguro coletivo que transmuta a regra do egoísmo (desconfiança e suspeita) para a regra da igualdade (confiança e solidariedade).

- A sociedade é um bem comum que atua na proteção contra o tríplice veneno (silenciamento, exclusão e humilhação).

- O aumento da individualidade e busca do bem-estar individual coloca em descrédito a democracia representativa.

- Maior Medo = Maior Insegurança

- Risco da democracia: Proteger o social dos medos ao invés de proteger a utilidade social dos cidadãos; fadiga da liberdade para os outros.

- Como o local influencia o global, inexiste a democracia local.


Uma Requiem para o comunismo (Zygmund Bauman)

- Comunismo, sólido/moderno: resposta às fragilidades dos laços e aumento do mercado.

- Projeto da modernidade: reação a decadência das estruturas e reformulação dos laços sólidos.

- Duplo pecado do K: Esbanjamento (produção excedente) e Injustiça (maior exploração)

- Direito a propriedade privada da produção coloca a lógica da produção maior que a lógica da satisfação.

- Inexiste a revolução proletária porque a satisfação dos trabalhadores está dentro da lótica do K. O suborno da burguesia trabalhadora a inexistência da consciência impossibilitam a revolução a partir dos trabalhadores.

- Comunismo (Lênin) é o atalho para a revolução: sentença de morte à solidariedade humana; cortar quem não se encaixa; pleno controle do destino; ascensão da modernidade sólida.

- A modernidade líquida matou o comunismo. (desejos infinitos e redes sociais)

- O projeto do comunismo não foi implementado. Há a morte do comunismo?

Resumo 14: A reinvenção solidária e participativa do Estado

Infor

Nota bibliográfica: Santos, B.S. A reinvenção solidária e participativa do Estado. Oficina do CES n. 34. 1999. Centro de Estudos Sociais, Coimbra.

Infos sobre o autor:http://www.boaventuradesousasantos.pt/ 
OBS: Texto organizado em notas

- Paradigmas da transformação social da modernidade: Revolução – Contra o Estado; Reformismo – Pelo Estado.
- O reformismo do Estado foi a reinvenção/proteção dos cidadãos.
- Interesses da sociedade capitalista: Regulação do trabalho, Proteção social contra os riscos sociais, Segurança contra a desordem e a violência.
- “Na medida em que uma dada condição social se repete não melhora e na medida em que melhora não se repete.”
- A mudança social ocorre em três níveis: Articulação entre repetição e melhoria, Medidas reformistas e Indeterminação e Opacidade(plasticidade e abstração) das políticas reformistas.
- Estado nacional na mudança social: Acumulação (estabilidade da produção capitalista), Hegemonia (lealdade para estabilidade do Estado) e Confiança (estabilidade das interações humanas).
- Década de 80:
            Capitalismo global + Consenso de Washington = Desestruturação do espaço de negociação e desmantelamento da capacidade financeira e de regulação do Estado (Estratégias do Estado para acumulação).
- “A estragégia não foi a de enfraquecer o Estado mas uma articulação entre o princípio do Estado e do Mercado para um maior alinhamento do Estado com o capitalismo global.”(lógica mercantil).
-“Com a queda do muro de Berlim, o reformismo (fortalecimento do Estado) deixa de fazer sentido.”
- Reformismo: Estado como instrumento de transformação social.
- O fim do reformismo social (reforma do Estado):
            Estado irreformável (dominado pelo capitalismo): O Estado deve ser confinado (Estado mínimo)
            Estado reformável (tipo diferente de Estado Providência e Estado Desenvolvimentista): Final dos anos 90, percebe-se que o capitalismo global precisa de Estados fortes; Reformismo social (Estado), Reformismo Estatal (setores da sociedade para intervenção do Estado).
- “A sociedade nacional é o espaço miniatura de uma arena social global.
- Estado-empresário: Privatização de funções não exclusivas; Administração pública = empresarial; descentralizar o poder conforme mecanismos de mercado.
- Objetivo inicial do terceiro setor: Combater o isolamento do indivíduo face ao Estado, a organização capitalista e da sociedade.
- “Enquanto o terceiro setor, em países centrais, surge de maneira endógena, em países (semi) periféricos, tender a ser por pressões externas e internacionais.”
- “somente da interação política entre os cidadãos pode surgir uma vontade geral não distorcida.”
- O terceiro setor é uma fonte de corporativismo.
- Debates comuns no terceiro setor: relação público x privado (quais condições contribuem para reformar o Estado?); Organização interna e transparência; Redes nacionais e transnacionais; relações com o Estado.
- Prestações de serviços pelo terceiro setor: Países centrais – serviços que eram produzidos pelo Estado; Países (semi)periféricos – serviços que nunca foram prestados pelo Estado ou eram prestados pela comunidade.
-“A transformação dos membros ou beneficiados das associações em clientes ou consumidores, pode reforçar o perigo do autoritarismo. [...] ora o terceiro setor é força de resistência das relações de poder autoritárias, ora é um instrumento para aumentar essas relações.”

- Estado x Terceiro setor: Enquanto instrumento de Estado; Enquanto amplificador de programas sociais; enquanto parceiro na estrutura de poder e de coordenação.

Resumo 13: Raízes de um Paradigma Indiciário

Nota bibliográfica: Ginzburg C. Sinais - Raízes de um Paradigma Indiciário. Mitos, emblemas, sinais: Morfologia e Historia. São Paulo, SP: Companhia das Letras; 1989. p. 143–80.

OBS: Texto organizado em notas

- Saber indiciário = a partir de indícios (conto do cavalo)
- Sacrifício do individual à generalização: 1. Ciências naturais, 2. Ciências humanas.
- “A tendência a apagar os traços individuais de um objeto é diretamente proporcional à distância emocional do observador.”
- Conhecimento individualizante = etnocênrico
- Paradigma divinatório (conhecedor individual) x Paradigma generalizante (como chegar ao vivo a partir do cadáver?)
- “Não se quantifica precisamente nas ciências humanas devido a forte presença indidividual.”
- “As formas de saber (experiência) são incapazes de servir-se da abstração.”
- “O acesso a determinadas experiências torna-se, cada vez, mais, mediados pelas páginas dos livros.”
- A adivinhação é voltada para o passado.
- Modelo epistemológico comum: indiciário, divinatório e venatório
- “A assinatura foi a segurança da sociedade burguesa.”
- A impressão digital surge, após várias tentativas, como uma garantia de encontrar o indivíduo.
- A impressão digital partiu dos estudos que eram realizados na ìndia onde, primeiro se utilizou, para identificar os indivíduos bengaleses para a coroa britânica.

- “Ninguém aprende o ofício de conhecedor ou de diagnosticador, limitando-se a por em prática regras preexistentes.”

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Bom ano de 2015!

Bom ano para todos/as!

Esse ano começa com algo que, para mim, é bastante importante: a publicação de uma comunicação.

A revista Tempus - Saúde Coletiva, aceitou a publicação do resumo de minha dissertação e a publicou no V. 8, n.3 em 2014.

http://www.tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/1574/1340

A publicação é importante porque, basicamente, é a academia validando a pesquisa. Já tinha publicações pelo CES, da Universidade de Coimbra, jornais e até um livro. Mas a publicação em revista é, de partida, mais difícil. Para mim, ser na Tempus ainda tem um gosto especial. É na minha Universidade, UnB. Onde eu estudei e de onde faço parte. É da revista de minha cidade. Amo Brasília com tudo o que há nela e tentar elencar as partes que gosto é deixar outras de lado porque serão necessários mais que alguns minutos para selecioná-las.

Enfim, o ano que passou foi um dos melhores de minha vida e, seguramente, o melhor de minha família. Por isso eu somente tenho que agradecer a tudo e a todos/as que fizeram 2014 acontecer. Gratidão é o sentimento que está presente nestes dias! Gratidão por tudo! Espero que as energias que impulsionaram-me retornem com mais força, intensidade e amor à sua origem.

Muito obrigado e grande abraço!

Rogério

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