sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Resumo 14: A reinvenção solidária e participativa do Estado

Infor

Nota bibliográfica: Santos, B.S. A reinvenção solidária e participativa do Estado. Oficina do CES n. 34. 1999. Centro de Estudos Sociais, Coimbra.

Infos sobre o autor:http://www.boaventuradesousasantos.pt/ 
OBS: Texto organizado em notas

- Paradigmas da transformação social da modernidade: Revolução – Contra o Estado; Reformismo – Pelo Estado.
- O reformismo do Estado foi a reinvenção/proteção dos cidadãos.
- Interesses da sociedade capitalista: Regulação do trabalho, Proteção social contra os riscos sociais, Segurança contra a desordem e a violência.
- “Na medida em que uma dada condição social se repete não melhora e na medida em que melhora não se repete.”
- A mudança social ocorre em três níveis: Articulação entre repetição e melhoria, Medidas reformistas e Indeterminação e Opacidade(plasticidade e abstração) das políticas reformistas.
- Estado nacional na mudança social: Acumulação (estabilidade da produção capitalista), Hegemonia (lealdade para estabilidade do Estado) e Confiança (estabilidade das interações humanas).
- Década de 80:
            Capitalismo global + Consenso de Washington = Desestruturação do espaço de negociação e desmantelamento da capacidade financeira e de regulação do Estado (Estratégias do Estado para acumulação).
- “A estragégia não foi a de enfraquecer o Estado mas uma articulação entre o princípio do Estado e do Mercado para um maior alinhamento do Estado com o capitalismo global.”(lógica mercantil).
-“Com a queda do muro de Berlim, o reformismo (fortalecimento do Estado) deixa de fazer sentido.”
- Reformismo: Estado como instrumento de transformação social.
- O fim do reformismo social (reforma do Estado):
            Estado irreformável (dominado pelo capitalismo): O Estado deve ser confinado (Estado mínimo)
            Estado reformável (tipo diferente de Estado Providência e Estado Desenvolvimentista): Final dos anos 90, percebe-se que o capitalismo global precisa de Estados fortes; Reformismo social (Estado), Reformismo Estatal (setores da sociedade para intervenção do Estado).
- “A sociedade nacional é o espaço miniatura de uma arena social global.
- Estado-empresário: Privatização de funções não exclusivas; Administração pública = empresarial; descentralizar o poder conforme mecanismos de mercado.
- Objetivo inicial do terceiro setor: Combater o isolamento do indivíduo face ao Estado, a organização capitalista e da sociedade.
- “Enquanto o terceiro setor, em países centrais, surge de maneira endógena, em países (semi) periféricos, tender a ser por pressões externas e internacionais.”
- “somente da interação política entre os cidadãos pode surgir uma vontade geral não distorcida.”
- O terceiro setor é uma fonte de corporativismo.
- Debates comuns no terceiro setor: relação público x privado (quais condições contribuem para reformar o Estado?); Organização interna e transparência; Redes nacionais e transnacionais; relações com o Estado.
- Prestações de serviços pelo terceiro setor: Países centrais – serviços que eram produzidos pelo Estado; Países (semi)periféricos – serviços que nunca foram prestados pelo Estado ou eram prestados pela comunidade.
-“A transformação dos membros ou beneficiados das associações em clientes ou consumidores, pode reforçar o perigo do autoritarismo. [...] ora o terceiro setor é força de resistência das relações de poder autoritárias, ora é um instrumento para aumentar essas relações.”

- Estado x Terceiro setor: Enquanto instrumento de Estado; Enquanto amplificador de programas sociais; enquanto parceiro na estrutura de poder e de coordenação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Página Inicial