segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ruminando

Ultimamente está bem difícil seguir com a minha agenda de estudos. Ainda não consegui criar um ritmo. Mas isso não quer dizer que a cabeça está vazia. Pelo contrário, além do peso em pensar que não consigo o tempo para estudar, perco-me no conteúdo de textos que leio aqui e ali.

Um dos textos falava sobre a construção do SUS. É interessante e a construção do SUS foi sensacional. Mas penso que o fazer foi e é muito diferente do pensado. O que se pensou evitar, hoje, é a rotina. E o que buscamos abraçar está longe da realidade.

O serviço público de saúde é para os pobres. Digo, o serviço de atendimento é para os pobres. Porque os serviços mais complexos e que exigem equipamentos modernos são para "todos/as". Entre aspas é somente para sinalizar que a pessoa que possui dinheiro, assim como nega o atendimento básico no SUS, opta por utilizá-lo em momentos mais críticos. Mas o pobre sofre dos dois lados. Primeiro com o atendimento precário que possui e segundo, quando precisa de serviços complexos, perde o lugar para o amigo ou o conhecido de alguém.

A falsa ideia que incutiram em nós e, muitas vezes, replicamos que o que é de graça é ruim é errada. Nada é de graça. Usamos os serviços pq pagamos pelos nossos impostos. Deixamos de comprar algo ou perdemos o que não queríamos perder por causa dos impostos. É isso que devemos acreditar para compartilhar. Assim como o pobre que recebe um mal atendimento deve reclamar pelo serviço de má qualidade, as pessoas que fazem parte da rede de atendimento de saúde devem ter a consciência da obrigatoriedade de realizar um bom serviço por duas vias. Uma que é paga para estar ali e outra é que igual a quem será atendido, tb paga os impostos por um serviço público de qualidade.

Enquanto o atendimento do SUS for para os pobres, não somente financeiramente, mas pobres de pensamento crítico, será o horror de atendimento que conhecemos. O pensamento crítico é fortalecido pela educação. E, em uma linha semelhante, é por isso que o Sen. Cristovam pensou na proposta de exigir que filhos/as de servidores públicos sejam atendidos em escola públicas. Ao fim e ao cabo, é o pensamento que o Estado que possui condições de fornecer altos salários e boas condições de vida é o mesmo que tem a obrigação de oferecer uma educação de qualidade.

Essas ideias emergem da leitura do texto que falei acima. Mas não estão completas e, muito menos, terminadas. Estou apenas ruminando e deixando-as andar livres na cabeça porque uma hora aparece o click ou estalo que fecha todo o raciocínio e, finalmente, há uma ideia concreta.

Até!

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