FDA e a petição TREAT ACT
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| Sen Kay Hagan | 
Por Nice Santos e Antonio Jorge
A  urgência na busca por novos tratamentos e por novas terapias medicamentosas em  doenças graves que hoje não possuem um tratamento eficaz não é um privilégio  apenas do Brasil, e muito menos dos países do terceiro  mundo.
Segundo relata Steve  Grossman  em uma recente matéria no  boletim da Neuralstem  “todos nós já ouvimos os números da indústria para a média dos custos  clínicos (US $ 100 milhões por droga) e sobre as dificuldades de se fazer  ensaios clínicos  (apenas um em cada dez estudos que realmente  começa a Fase III torna-se uma droga posteriormente).” 
Existe tambem a questão da rigidez e ortodoxia extrema por parte do FDA  na condução dos ensaios clínicos, onde os processos tornam-se lentos e  demorados, independentemente da doença para a qual aquela droga ou terapia  está sendo  pesquisada.
Segundo outro boletim da Neuralstem, “é   essencial que as terapias a serem desenvolvidas sob um processo, tais  como o processo de aprovação do FDA, sejam   seguros e eficazes antes de serem oferecidos  para o público. O processo do  FDA é geralmente reconhecido como o "padrão  ouro" do mundo para essas aprovações. Há momentos no entanto, em que  o ritmo ditado por este processo parece entrar  em  desacordo com os  interesses   e intenções das partes envolvidas.” O boletim informa ainda que “de  fato,  a própria Agência as vezes  se   sente algemada por sua   estrutura  e missão estatutária.” O boletim destaca  que “mais  importante ainda é que  esses esforços  são o produto de uma grande divulgação feita  por grupos de defesa de pacientes e grupos da  indústria,  tanto que  todos se sentem  frustrados com o tempo e o  dinheiro cada vez maiores que é necessário  para desenvolver novas terapias através do processo de aprovação do FDA.”  
 Recentemente a Senadora da Carolina do Norte  Kay  Hagan entrou com o projeto de Lei denominado TREAT ACT, que nada mais é do que  uma petição  que sugere ao congresso americano mudanças no regime interno do FDA para  liberação de drogas e terapias na reta final (para a liberação  imediata).
Em  tom bastante inovador, porem ciente das dificuldades, ela  propõe mudanças na estrutura interna do FDA, a fim de atender pacientes que  lutam desesperadamente pela vida, e “uma maneira de permitir que tratamentos experimentais possam avançar em  seu processo com mais velocidade, mas não menos rigoroso em seu processo de  revisão de eficácia. Outro projeto de lei (bipartidário) foi introduzido (chamado de  Terapias Avançadas para Breakthrough Act pacientes), que leva ainda uma  abordagem diferente para a mudança de perspectiva e do comportamento do FDA.  Ambos os Atos tentam dar ao FDA algumas ferramentas legais para ele se mover  mais rapidamente quando ele estiver lidando com doenças graves ou com risco de  vida, e ambos os projetos tentam mudar a "cultura" do FDA”, destaca o boletim da  Neuralstem. 
 E não é por  acaso que nós pacientes de ELA estamos completamente inseridos nas postulações  da Senadora Kay Hagan, a quem desejamos todo sucesso para que isso realmente  aconteça, pois assim, milhões de pacientes ao redor do mundo que hoje sofrem de  doenças graves que ainda não possuem um tratamento efetivo poderiam ter a chance  de fazer uso de uma nova droga ou terapia de forma bem mais rápida, o que não  ocorre atualmente.O  texto da Senadora tem cunho político, pois fala na mudança e criação de novos  cargos e empregos no FDA. “Uma tarefa árdua”, ela alerta. Por isso ela começa a  sua petição com uma frase de Shakespeare cuja essência é: “a promessa implica em espera, expectativa,  mas o desempenho é que é o grande desafio.”. 
 Imagens  meramente ilustrativas

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