O Dia Internacional da Síndrome de Down foi proposto pela Down Syndrome International como o dia 21 de março, porque esta data se escreve como 21/3 (ou 3-21), o que faz alusão à trissomia do 21. A primeira comemoração da data foi em 2006.
Ontem (18/03), assisti à entrevista de Suely Viola, mãe de um jovem campeão brasileiro de judô e portador de Down. Seu filho, Breno Viola, que já viajou o mundo lutando judô, possui graduação faixa preta, 2°dan.; talvez seja o único Down no mundo, com essa graduação no judô. Antes de ter esse filho, Suely era professora de crianças especiais e havia feito além de pedagogia, a faculdade de psicologia, para ajudar no seu trabalho. Quando Breno nasceu, a experiência e visão dela sobre o assunto contribuiu para que algo incrível ocorresse, pois não limitou o filho e não deixou que soubesse que havia barreiras para ele respeitar.
A inclusão começa dentro de casa, dentro da família. Se há a dor física, essa, obviamente, precisa ser tratada, e realmente limita. Mas, se o que torna seu filho diferente não é dor, deixe-o crescer, voar, sonhar, viver com toda a intensidade e esperança que ele puder desfrutar. Deixe-o manifestar da forma dele, o que sente, deixe-o cantar, dançar, pintar, gritar, exprimir o que leva dentro do peito. Não diga “você não pode”, “não consegue”, “isso não é para você”, “não será aceito”. Liberte-o de outras formas, deixe que a vida, que sempre é maior e mais forte que a morte, aponte o caminho. Será o “dom” do seu filho, aquilo que ele gosta, o que o realiza... É por esse caminho simples que ele desabrochará para o mundo e dará o seu recado, encontrando sua razão de viver. Não limite a vida do seu filho por diagnósticos... Deixe que a vida dele flua intensamente, enquanto Deus permitir. Isso ajudará com que seu filho cresça e aprenda a viver, pois não será apenas contra a doença ou deficiência que ele terá que lutar, terá uma vida com ganhos e perdas e dificuldades comuns para enfrentar.
Não é meu diagnóstico ruim que faz com que eu viva menos anos do que você que é saudável. Não se prenda tanto ao medo, liberte-se e viva um dia de cada vez. Mexa-se, saia da toca, tome sol, tome chuva, sinta o vento e reaprenda a viver. Retome a vida e seja resiliente. Depois do inesperado, a vida se ajeita e segue seu curso. Você optará por fazê-la boa ou ruim... Sugiro que opte pela felicidade.
Cuide do seu coração, da sua mente, e, depois da sua família, começando pelo seu parceiro(a). Vocês dois precisam ter espaço juntos, ter espaço individualmente, e ter espaço em família. Precisam organizar-se para dar conta do recado, saudavelmente, e passar para os filhos a seguinte VERDADE: “ESTÁ TUDO BEM, E FICARÁ MELHOR AINDA”. Isso é necessário porque se alguém é sobrecarregado demais, a tendência é querer fugir, sumir da situação, buscar paz e refúgio para alma, mudar de casa e de história. E, fazer isso, ou seja, entregar os pontos e abandonar seu companheiro(a) com toda a tarefa é algo covarde e triste... Então, combinar e respeitar esses tempos, “meu, teu, nosso, de nossa família” é essencial para se reorganizar e sobreviver para depois ficar BEM DE VERDADE e VIVER!
Ao invés de pensar em “desgraça ou infortúnio”, acredite sim, que sua casa foi escolhida para abrigar um anjo. Eles nos tornam pessoas melhores, pois amam demais e nos chocamos com a força de seu amor e de seus desejos tão simples. Coisa de anjo mesmo.
Viva esse privilégio e jamais se desespere. Há esperança. O mundo segue numa velocidade assombrosa de descobertas. Embora nos consideremos sabedores do que acontece no mundo, isso não é uma verdade absoluta. Há muita coisa ocorrendo que podemos não ter conhecimento. Muitas coisas podem estar sendo estudadas sem que saibamos... Talvez grandes descobertas sejam feitas neste e no próximo ano por causa de suas orações e súplicas.
Esperança é colocar a fé em ação. É a conquista em outra dimensão de coisas que ainda não existem aqui, mas que brevemente existirão. Basta crer e saber que alguém maior e mais forte está no controle de tudo, e que tudo tem um fim, e, que esse fim, não se resume na morte. A esperança sugere VIDA, o pessimismo é que se baseia na perda.
Coloque o sorriso de volta nos lábios e nos olhos para que sua força não seja pequena. E que ao despertar todas as manhãs, Deus renove suas forças, sua esperança na vida, para que seus planos sejam um a um desengavetados. Realize, trabalhe, tire o foco das coisas ruins e quando estiver muito difícil: “olhe fundo nos olhos do anjo que está em sua casa e aprenda com a profundidade e mansidão desse olhar...” Acredito que isso deva ser a tradução mais próxima da beleza de Deus.
A vida pulsa linda e bela. Permita que ela siga seu curso. Não tenha medo, principalmente de ser feliz de uma forma inusitada, diferente do que havia planejado. Celebre a VIDA!
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